Uma área da cibercultura que
mais se destaca é o ciberespaço que é um espaço de comunicação que descarta a
necessidade do homem físico para constituir a comunicação como fonte de
relacionamento, dando ênfase ao ato da imaginação, necessária para a criação de
uma imagem anônima, que terá comunhão com os demais.
Para Pierre Lévy, autor de Cibercultura2, o ciberespaço é a virtualização
da comunicação. O uso das tecnologias em diferentes esferas da sociedade
contemporânea favorece a ideia de redes de conhecimento.
O mundo do ciberespaço nos aponta para
novos atores na produção e no tratamento dos conhecimentos , além de novas
formas de apropriação dos saberes. O papel daquele que ensina, denominado por
Lévy (1999) de "ensinante" não pode mais ser uma "difusão dos
conhecimentos" doravante assegurada mais eficazmente por outros meios.
Com a Internet, por exemplo, indivíduos e grupos podem navegar no oceano da
informação e de conhecimentos disponíveis em rede. Com o CD-ROM, as bases de
dados multimídias interativos on line pode-se ter acesso, de modo rápido e
atraente, a vastos conjuntos de informação, estando fora ou dentro da escola.
Cibercultura é a relação entre a Comunicação,
Tecnologia, informação e a Cultura. O ensino a distância é a ligação destes
mundos.
Vivemos em uma época
com profundas mudanças científicas e tecnológicas cujo imperativo coloca não só
questões práticas para nossa vida cotidiana, mas também, levanta novas
problemáticas. Algumas dessas problemáticas estão relacionadas com novas
linguagens tornadas operacionais pela tecnologia.
A evolução da
tecnologia vem provocando uma revolução no ensino, e consequentemente no
conhecimento. O acesso à Internet e a disseminação do uso de computador está
possibilitando mudar a forma de produzir, armazenar e disseminar a informação.
As fontes de pesquisa aberta aos alunos pela Internet, as bibliotecas digitais
em substituição às publicações impressas e os cursos à distância vêm crescendo
gradativamente. Diante disso, escolas e universidades estão envolvidas com o
processo de repensar suas funções de ensino-aprendizagem.
A tutoria é de
extrema importância para que o programa tenha êxito, pois é ela quem estabelece
uma constante comunicação com o estudante à distância. Destaca-se ainda que os
tutores, no decorrer do curso irão acompanhar os estudantes, assim como
avaliá-los, fornecer feedbacks das suas atividades e das possíveis dúvidas. A tutoria atua junto com o aluno à
distância, e tem como dever orientá-lo e acompanhá-lo no decorrer de seus
estudos. O tutor é
responsável, conforme Aretio
(2002), basicamente, por
orientar a aprendizagem de um
aluno isolado, solitário e carente da presença do professor habitual que
se tem
na educação presencial,
proporcionando ao aluno
um aprendizado autônomo
e independente.
É essencial, portanto, que o profissional atuando
como professor/tutor, possua entre outras qualidades a facilidade de
comunicação, dinamismo, criatividade, liderança e iniciativa para realizar com
eficácia o trabalho de facilitador, junto ao grupo de alunos sob sua tutoria.
Emerenciano, Sousa e
Freitas (apud MALVESTIT, 2005, p. 3)
.o tutor é sempre alguém que possui duas
características essenciais: domínio do conteúdo técnico-científico e, ao mesmo
tempo, habilidade para estimular a busca de resposta pelo participante. Ao analisar a
tutoria, em um âmbito
geral, faz-se necessário
estabelecer alguns padrões de
ação durante a sua preparação. Tais padrões têm como objetivo atribuir
qualidade ao trabalho em que está sendo feito, seja ele, o passar da informação
ou até mesmo na forma de conduzir problemas eventuais que podem surgir durante
o andamento do programa.
Com o enfoque de uma tutoria voltada para captar a
atenção do aluno, é importante que o tutor demonstre competência individual e
de equipe para analisar realidades, formulando planos de ação coerentes com os
resultados de análises e de avaliação, mantendo deste modo uma atitude
reflexiva e crítica sobre a teoria e a própria prática educativa envolvida no
processo.
Segundo Litto e
Formiga (2009), respeitando a autonomia da aprendizagem de cada aluno, o tutor
será um dos grandes responsáveis pela efetivação do curso em todos os níveis e
estará constantemente orientando, dirigindo e supervisionando o processo de
ensino-aprendizagem dos alunos.
Mauri
Collins e Zane Berge (1996, apud Palloff; Pratt, 2002) classificaram as várias
tarefas e papéis exigidos do professor tutor em quatro áreas: pedagógica,
gerencial, técnica e social.
Função pedagógica - diz respeito ao fomento de um ambiente social amigável essencial à
aprendizagem online.
Função gerencial - envolve normas referentes ao agendamento do curso, ao seu ritmo, aos
objetivos traçados, à elaboração de regras e à tomada de decisões.
Função técnica -
depende do domínio técnico do professor, sendo então capaz de transmitir tal domínio da tecnologia
aos seus alunos.
Função social -
significa facilitação educacional. O professor é responsável por facilitar e
dar espaço aos aspectos pessoais e sociais da comunidade online. Collins e Berge (1996, apud
Palloff; Pratt, 2002:104), referem-se a essa função como “estímulo às relações
humanas, com a afirmação e o reconhecimento da contribuição dos alunos”.
O professor tutor é o sujeito que interage
diretamente com o educando e em várias situações como: questões
administrativas, durante o processo de ensino e aprendizagem, no processo de
avaliação e durante o trabalho de tutoria das atividades do curso, portanto,
deve ser considerado o “fator humanizador” do sistema de Educação a Distância.
Essa
nova visão de mundo que está emergindo tende a adquirir uma silhueta menos
definida, suave, em constante movimento, equilibrando-se no tempo e no espaço
sob normas ou regulamentações em constante revisão e atualização. A forma que
se pode atribuir a essa nova realidade é a de um cone invertido, num movimento
equilibrante de rotação e translação. Por não ser pré-determinado, é um mundo
do aqui e agora, num contexto contagiante de compromisso com um futuro em
constante construção.
Por fim,
quero deixar registrado que o momento histórico que vivemos é propício para
re-pensar o nosso “quefazer”. Um momento de transição em que princípios e
valores convivem e se conflituam dentro de um contexto no qual habita uma
maneira tradicional de “ver” o mundo e uma forma emergente. De acordo com
Tijiboy (2001), tradicionalmente o mundo é visto como algo pré-definido,
pré-determinado, onde o fazer e o pensar humano devem se encaixar dentro de
padrões e normas fechadas, sejam elas sociais, econômicas, culturais,
políticas. Analogamente é a perfeita silhueta de uma pesada pirâmide, afirmada
no tempo em pétreas bases. O mundo se move dentro dessa visão piramidal. Tentar
escapar destes “tentáculos” é ser visto como anti-social, anti-ético.
http://www.humanitates.ucb.br/tutoria.htm
Nesse sentido, educar é educar-se, é traduzir-se, é
apreender, é aprender a aprender constantemente com o meio e com os outros,
incluindo, nesse aprendizado, o próprio educador que, logicamente, terá uma
nova postura frente a esse novo mundo.
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